A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre passou de 6,3% em janeiro para 6,2% em fevereiro e o número total de desempregados foi estimado em 119 mil pessoas, duas mil a menos do que no mês anterior. Esses dados fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), divulgada nesta quarta-feira (27), na Secretaria de Estado do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS).

Quanto aos principais setores de atividade econômica analisados, houve uma variação positiva do nível ocupacional nos serviços (0,6%), com o acréscimo de seis mil ocupados, uma relativa estabilidade no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (0,3%), com mais um mil ocupados. Entretanto, ocorreu retração do nível ocupacional na indústria de transformação (-1,3%), com menos quatro mil ocupados e na construção (-2,2%), com menos três mil ocupados.

Também foi divulgado o rendimento médio real, relativo a janeiro: o total de ocupados registrou redução de 1,6%, os assalariados apresentou variação negativa de 0,4% e o dos autônomos, redução de 2,5%. Em termos monetários, esses rendimentos passaram a corresponder a R$ 1.591,00, R$ 1.557,00 e R$ 1.484,00, respectivamente.

Na mesma oportunidade, foram divulgados os dados levantados em outras seis regiões metropolitanas do país onde a Pesquisa é aplicada. As regiões de Belo Horizonte e Porto Alegre ficaram com a menor taxa (6,2%), seguidas de Fortaleza (8,5%), São Paulo (10,3 %), Distrito Federal (12,8%), Recife (12,9%) e Salvador, que registrou a maior taxa (18,6 %).

A apresentação da pesquisa foi feita pela socióloga da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Irene Galeazzi, com a participação do secretário Adjunto da STDS, Edson Borba, dos diretores Técnico da FGTAS, Rodrigo Ribas, e Administrativo, Toni Proença, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Roberto Rocha, além de técnicos da FGTAS, FEE e Dieese, e representantes do Sistema PED, da Secretaria Municipal do Trabalho e da Central única dos Trabalhadores (CUT).

O secretário Adjunto da STDS acredita que a redução na taxa de desemprego seja resultado do Plano Estadual de Qualificação Profissional que, em 2012, ofereceu mais de 60 mil vagas em cursos profissionalizantes gratuitos. Borba também destacou a ação da FGTAS no encaminhamento Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS). O diretor Técnico da FGTAS lembrou que a CTPS - documento obrigatório do trabalhador para o exercício de qualquer emprego formal - pode ser encaminhado em todas as regiões do Estado.

A PED é desenvolvida pela Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social, por meio da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), e Secretaria do Planejamento, através da Fundação de Economia e Estatística (FEE), em convênio com o Dieese, Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Fundação Seade de São Paulo, contando com apoio do Ministério do Trabalho e Emprego, e recursos financeiros do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).