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Taxa de desemprego da população negra foi de 12,6% em 2015

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A taxa de desemprego da população negra foi estimada em 12,6% em 2015, enquanto entre o contingente de não negros o índice foi de 8,1% da População Economicamente Ativa (PEA). O dado integra o Informe Pesquisa de Emprego e Desemprego Especial – Negros (PED-RMPA), divulgado na manhã desta quinta-feira, 17 de novembro, na sede da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS). A coletiva de imprensa contou com a presença do diretor-presidente da FGTAS, Gilberto Baldasso.

Em 2014, a taxa de desemprego era de 8,5% para negros e 5,5% da PEA para não negros. Com relação ao nível ocupacional, reduziu o número de postos de trabalho em 1,3% e 1,8% para negros e não negros, respectivamente. De 2014 para 2015, a população negra teve redução no número de postos de trabalho na indústria de transformação (menos 4 mil ocupados ou -12,9%) e no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (menos 1 mil ocupados ou -2,5%). Em 2015, os setores de serviços e construção permaneceram sendo os que possuem maior presença em comparação aos não negros. Já entre os não negros, apenas o setor de serviços não apresentou retração no período.

No que tange à posição na ocupação para os negros, entre 2014 e 2015, houve redução de - 20% no número de trabalhadores assalariados sem carteira assinada, que representa menos 3 mil, e estabilidade com carteira assinada (mais 1 mil, ou 0,7%). As mulheres tiveram redução do nível ocupacional (-4,5%), principalmente no trabalho autônomo (menos 3 mil ou -30%) e no serviço público (menos 3 mil ou -17,6%), enquanto os homens negros apresentaram crescimento do nível ocupacional (1,7%), principalmente, no setor público (mais 2 mil ou 20%). Para os não negros, a maior redução ocorreu entre os assalariados sem carteira assinada (menos 9 mil ou -10,2%), ao passo que o crescimento mais expressivo foi registrado no serviço doméstico (mais 2 mil ou 2,9%) apenas entre as mulheres.

Entre 2014 e 2015, o rendimento médio real diminuiu tanto para negros (4,5%) quanto para não negros (7,8%). Para a população negra, passou de R$ 1.697 para R$ 1.620; enquanto para os não negros, passou de R$ 2.343 para R$ 2.160. No ano passado, as mulheres negras apresentaram queda mais intensa do rendimento médio real (-9,2%) do que os homens negros (-1,4%). Por outro lado, entre a população não negra, a redução foi mais acentuada para os homens (-10,2%) do que para as mulheres (-3,9%).

A PED-RMPA é desenvolvida pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), órgão vinculado à Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS), em parceria com a Secretaria do Planejamento, através da Fundação de Economia e Estatística (FEE), em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Seade de São Paulo. Conta com apoio do Ministério do Trabalho e recursos financeiros do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social