Servidores participaram como mentores e jurado de concurso promovido pelo Ministério da Economia
Publicação:

A coordenadora do Departamento de Relações com o Mercado de Trabalho, Ana Rosa Fischer, e os chefes das seções de Inserção no Mercado de Trabalho, Fabiano Pase, e de Informação e Pesquisa da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Michele Bohnert, participaram do concurso online Coronathon BR.
O Coronathon BR foi a primeira maratona de programadores com o objetivo de gerar interesse pela inovação nas políticas públicas de emprego, por meio do desenvolvimento de soluções tecnológicas para enfrentar os impactos econômicos e sociais causados pela pandemia de coronavírus. As soluções deveriam ser elaboradas com foco no cidadão e com o objetivo de aprimorar a oferta integrada de serviços como o microcrédito, a intermediação e a qualificação de mão de obra.
Durante o concurso, foram propostos os seguintes desafios: como aumentar a probabilidade de trabalhadores conseguirem vagas de emprego e empregadores encontrarem profissionais com perfil desejado; como identificar, entre quem busca emprego e renda, perfis empreendedores e orientar essas pessoas para o empreendedorismo; como prever que ocupações estarão em alta e em baixa em diferentes regiões; e como identificar e disponibilizar aos trabalhadores cadastrados no Sine informações sobre as qualificações exigidas pelas ocupações em alta. Ao todo, a maratona realizada de 10 a 14 de junho contou com 907 Inscritos, 66 equipes formadas e 44 soluções submetidas.
Os participantes contaram com a mentoria de especialistas em políticas públicas de empregos, como a coordenadora, Ana Rosa Fischer, e os chefes da FGTAS, Michele Bohnert e Fabiano Pase. “Trabalhamos, exclusivamente, sob demanda, já que a principal instrução era somente auxiliar as equipes em suas necessidades, jamais opinarmos sobre o desenvolvimento dos trabalhos. Particularmente, orientei algumas equipes no uso da base de dados da PNAD (IBGE), especialmente sobre taxa de desocupação e perfil do desocupado. Essa mentoria se deu na parte inicial do desafio, denominada imersão, momento em que se esperava que os grupos aprofundassem seus conhecimentos no tema para, posteriormente, desenvolverem as soluções tecnológicas. Além de auxiliar as equipes, tivemos acesso às palestras dos organizadores, o que certamente foi muito agregador ao nosso próprio desenvolvimento”, explica a analista responsável pela Seção de Informação e Pesquisa da FGTAS.
A coordenadora, Ana Rosa Fischer, também foi convidada, pela Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, para participar do grupo de avaliadores das propostas: “Cada jurado recebeu 11 propostas para avaliar, segundo critérios que incluíam originalidade, sintonia com o desafio proposto, impacto na população e viabilidade. Foi uma experiência muito rica de contato com essa forma de criação de soluções para o sistema público de emprego. Algumas soluções são realmente inovadoras e relativamente simples de serem implementadas”.
Os vencedores
A premiação teve transmissão ao vivo pela internet. O primeiro lugar foi entregue pelo secretário da SPPE, Fernando Holanda, e os prêmios entregues variavam entre R$ 8 mil para o primeiro lugar e R$ 1 mil para o quinto colocado.
O primeiro lugar apresentou a solução +Emprego, desenvolvida pela equipe liderada por Felipe Camargo Pacheco. A ferramenta busca integrar as bases de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Sistema Nacional de Emprego (Sine), apresentando ofertas de vagas de emprego customizadas aos trabalhadores que possuem carteira registrada, ao mesmo tempo em que melhora a base de dados com informações mais relevantes para a detecção do perfil do trabalhador.
O segundo colocado, que recebeu o prêmio do presidente da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Diogo Costa, foi a equipe Mentorbot, liderada por Arthur Cavalcante. A solução apresentada compreende um questionário para verificar o perfil empreendedor dos indivíduos e encaminhá-los para um programa de interação e mentoria.
O terceiro lugar, que recebeu a premiação da presidente da Microsoft, Tania Cosentino, foi a solução Soft Heroes, desenvolvida pela equipe liderada por Leticia Cassia Santin. O papel da solução é promover o desenvolvimento de habilidades comportamentais (softs kills), por meio da gamificação, facilitando a busca de perfil profissional e interatividade entre empregadores e trabalhadores.
O quarto lugar, que teve o prêmio entregue pela coordenadora-geral de Gestão do Conhecimento, Tecnologias e Prêmios da Enap, Camila Medeiros, foi a solução Impacto, da equipe conduzida por Thiago de Oliveira da Silva Santos. A solução busca resolver a frágil automatização da análise da compatibilidade entre o perfil de vaga e os trabalhadores, bem como a ineficaz comunicação da disponibilidade dessas vagas.
Por fim, o quinto colocado, que recebeu o prêmio do representante do Banco do Brasil, Maciel Thomaz da Silva, foi a equipe Anabot, liderada por Leonara Cesario da Silva. A solucão é um chatbot via web (software que simula uma conversa humana programada em um chat), que poderá ser acoplado a um ou mais sites de emprego, como o Sine, para ajudar o trabalhador em busca de uma vaga de emprego e a do empregador que procura o melhor candidato para a sua vaga.
Realização
Patrocinada pela Microsoft, a iniciativa é uma promoção da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), por intermédio de sua Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE); da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e do Think Lab.
*Com informações do Ministério da Economia