Porto Alegre apresentou a menor taxa de desemprego (11,2% da População Economicamente Ativa - PEA) entre as quatro Regiões Metropolitanas analisadas pelo Sistema da Pesquisa de Emprego e Desemprego em 2017: São Paulo (18%), Distrito Federal (19,3%) e Salvador (24,1%). O dado foi divulgado na coletiva de imprensa da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA) realizada na manhã desta quarta-feira, 31 de janeiro.

Na abertura da coletiva, a coordenadora do Departamento de Relações com o Mercado de Trabalho (DRMT) da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Ana Rosa Fischer, destacou a necessidade da continuidade da pesquisa em Porto Alegre. “A PED-RMPA é importante para a atuação da FGTAS de inserção de trabalhadores no mundo do trabalho, pois permite acompanhar os movimentos do mercado”, afirma.

A apresentação da pesquisa foi realizada pela coordenadora da PED-RMPA da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Iracema Castelo Branco, que ressaltou o crescimento da taxa de desemprego para o contingente de mulheres, negros e trabalhadores com Ensino Fundamental incompleto e idades entre 50 e 59 anos. A taxa de desemprego passou de 10,7% da PEA, em 2016, para 11,2%, em 2017.

No ano passado, apenas o setor de serviços apresentou queda no número de postos de trabalho: - 73 mil, que representam -7,7%. No período, aumentou o número de postos na indústria de transformação (mais 4 mil ou 1,5%), construção (mais 2 mil ou 1,7%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 7 mil ou 2,1%).

Com relação à posição na ocupação, houve acréscimo apenas no número de trabalhadores autônomos (mais 9 mil ou 3,9%) e empregados domésticos (mais 5 mil ou 5,4%). Em contrapartida, reduziu o número de trabalhadores com carteira assinada (menos 21 mil ou -2,3%) e sem carteira (menos 9 mil ou -9,7%) e o contingente de empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais (menos 14 mil ou -7,9%). O salário médio real apresentou o menor valor desde o início da série histórica da pesquisa, em 1993. Foi estimado em R$ 1.910.

A PED-RMPA é desenvolvida pela FGTAS, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos; em parceria com a Secretaria do Planejamento, Governança e Gestão, através da Fundação de Economia e Estatística (FEE); em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Seade de São Paulo. Conta com apoio do Ministério do Trabalho e recursos financeiros do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).