O aniversário de 30 anos da Casa do Artesão de Porto Alegre foi comemorado nesta quarta-feira, 14 de novembro. A solenidade realizada no auditório da Casa contou com a presença do governador José Ivo Sartori; da secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, e da Direção da FGTAS.

Na ocasião, o governador José Ivo Sartori relembrou o desafio da fundação da Casa do Artesão, quando ocupava o cargo de secretário do Trabalho. “O maior reconhecimento desses 30 anos certamente é a luta em prol do artesanato. O Programa Gaúcho do Artesanato tem muita história e vida que com certeza vai levar adiante. Quem faz artesanato não oferece apenas um produto, oferece seu tempo, sua imaginação e uma parte do seu coração”, destacou.

A secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, ressaltou a importância dos profissionais que geram renda e fazem suas vidas através do artesanato, bem como da solidariedade de todos que participaram do Tricotaço Solidário, evento integrante da Campanha do Agasalho. “Parabenizo a Casa pelos seus 30 anos. Desejo sucesso e que continuem desenvolvendo bons projetos”, finalizou.

O evento contou com apresentação musical do grupo de flauta doce da professora Lucia Salete da Silva e a presença dos diretores presidente, Rogério Grade; técnico, Darci Cunha; e administrativo da FGTAS, Diego Cettolin; da coordenadora do Programa Gaúcho do Artesanato (PGA), Marlene Garcia; além da presidente da Associação de Artesãos da Casa do Artesão de Porto Alegre, Silvana Patrossim.

Silvana ressaltou o trabalho conjunto realizado pela Associação e o Programa Gaúcho do Artesanato (PGA): “ter um ponto de venda é fundamental e os servidores do Programa empenham-se muito em procurar feiras para que possamos expor e comercializar nossos produtos”. A 1ª secretária da Associação, Sandra Ribeiro, completou que a Casa do Artesão da capital favorece a integração, a troca de ideias e a união da equipe de artesãos que expõem no espaço.

A Casa do Artesão da Capital é um espaço de exposição e comercialização que serve como ponto de apoio e de incentivo aos novos artesãos. Atualmente, há 140 artesãos de 30 municípios participantes. Em 2017, a Casa contabilizou a venda de 4 mil peças artesanais que somaram R$ 115 mil. Além da comercialização, o espaço reúne cursos de artesanato. Anualmente, são oferecidos cerca de 15 capacitações.

A artesã Shirlei Machado atua, desde 1989, como a instrutora dos cursos de Fiação e Tecelagem. Atualmente, ela possui 20 alunos inscritos: “O público dos cursos são aposentados, que chegam à Casa por recomendação médica ou em busca de geração de renda através do artesanato”.

Entre os alunos está Anna Francisca Passos, que participa dos cursos da Casa do Artesão de Porto Alegre há mais de 25 anos. Ela procurou a Casa por recomendação médica. Após operar o pé, foi orientada a buscar uma atividade que a mantivesse em movimento. Chegou à Casa com duas bengalas. Hoje, caminha sem qualquer tipo de apoio É aluna do curso de Tecelagem e participa de feiras de artesanato como a Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs), maior evento de artesanato gaúcho promovido anualmente pelo Programa Gaúcho do Artesanato (PGA). “O PGA e Casa do Artesão são excelentes. O artesanato é um complemento de renda para mim. Gosto de vir para cá, porque fiz amizades aqui. É uma espécie de terapia”, contou.

A servidora da FGTAS, Gilda Eunice Mendes, é a servidora que trabalha há mais tempo na área de artesanato. Ela conta que, em 1976, o artesanato gaúcho começou a ser exposto e comercializado em cinco lojas divididas por matérias-primas em uma galeria na Avenida Salgado Filho, em Porto Alegre. Após, a loja foi transferida para o Shopping Iguatemi por um ano e, depois, por dois anos, para o Centro Comercial João Pessoa. Em 1988, o Ministério do Trabalho cedeu o imóvel localizado na Av. Júlio de Castilhos, 144, em Porto Alegre, que até os dias atuais abriga a Casa do Artesão de Porto Alegre.

A Casa é a sede do Programa Gaúcho do Artesanato (PGA), desenvolvido pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) com o objetivo de incentivar a profissionalização e fomentar a atividade artesanal com políticas de formação, qualificação e apoio à comercialização. Ao todo, Porto Alegre conta com 8.700 artesãos ativos no Programa.